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25/05/2013

IMPACTOS


“IMPACTOS”
(Texto publicado na COLUNA DO ADhemyr, de 20.05.2013,  do JR Notícias (www.jornalnoticias.com.br), de São Paulo - SP).
Texto devidamente registrado na Fundação Biblioteca Nacional do Brasil. Proibida a reprodução prévia do autor.


            Cada um, em seu tempo, terá o seu próprio impacto.  A morte é situada no topo como o maior dos impactos. Há quem diga que a traição estaria no segundo posto.

            Mas fica difícil situar impactos numa escala, pois a pele pertence a quem a sente.

            O nascimento de um filho com deficiência física talvez suplante o que era tido como o maior impacto de antes.

            Numa civilização antiga os traidores eram amarrados, juntos, e ainda vivos, e jogados nalgum rio, e até que morressem talvez impactassem os assistentes. (Mas as traições não cessaram...).

            Os traidores mortos, os traídos talvez mortos vivos...

            Não podemos viver atrelados aos impactos que a vida nos impõe.  Senão, de uma árvore alta e frondosa, podemos nos tornar tão somente plantas rasteiras, nas quais todos pisam impiedosamente.

            Mas, voltando aos impactos, desisto de classificá-los. Para quem está matando o inimigo, a morte deste talvez não lhe seja tão impactante. Questão de ponto de vista? Apologia à indiferença?

            Não, não; tão somente o impacto de saber que muitos desistem de viver enquanto vivos --- isto sim é impactante.

            Por Escritor ADhemyr Fortunatto

         

17/05/2013

MASSAGEM BODIANA


TEXTO DE AUTORIA DE ADhemyr Fortunatto, PUBLICADO NO JR - NOTÍCIAS - www.jornalnoticias.com.br, na edição de 20.05.2013.
PROIBIDA A REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO AUTOR.
TEXTO DEVIDAMENTE REGISTRADO NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL DO BRASIL.
 
            Tinha o Bodão grande vantagem sobre os outros homens, e essa supremacia não era para qualquer Bodão, não. Era que o Bodão era baixinho e gordinho, e que se tornou conhecido por uma faceta, em sua Era.

Oxente!, como diria o Sr. Bodino, pai do nosso personagem em questão. “Seo” Bodino, como se dizia por lá, tinha dezessete filhos, e naquela época a vida era mais tranquila; não se estressava como hoje, não. Mas quando o Seo Bodino ficava nervoso, e para passar a raiva, ele logo pegava um dos filhos e dava-lhe umas varadas daquelas! E o filho escolhido para apanhar era sempre o mesmo.  Quem?, hão de perguntar.

            Ora, quem?!... O Bodão, claro. Pois o menino, então tratado de Bodinho, era pequeno (de pernas curtas pra correr) e, além disso, gordinho. Então o pai via nisso vantagem, --- além de pegá-lo facilmente na corrida, aquele fedelho era gordinho; logo, pensava o pai, surra deve doer menos nele que no lombo seco dos magricelos irmãos. Assim achava o Sr. Bodino. Isentemo-lo de maldade (?), portanto. Bem... Ele era, em verdade, o próprio cão chupando manga; etá velho ruim da gota serena!

            Foi então que um dia a mãe descobriu uma qualidade extraordinária nele, --- o danadinho fazia massagens no pé dela como quê!...  

            O Bodão logo se aproveitou disso, --- se apanhava de painho, não fazia massagens em mãinha... Logo a mãe passou, por motivos óbvios, a defender o então Bodinho.

            E o pai teve que achar outro em quem bater na hora da raiva. E assim foi que o Bodão cresceu. (Não muito!). Não ficou propriamente baixinho... Diríamos que ficou compacto. E... admirado pelas massagens que fazia. Nos pés delas, claro!

Por Escritor ADhemyr Fortunatto