Há
cerca de alguns meses o Bodão tivera um caso com a Verinha, que estava separada
do marido. Ela tinha um colo amplo, cheiroso e macio. Muito propício, pois, aos
interesses depravados do Bodão. Portanto, sempre quando estava junto dela, ele pedia...
‘colinho’...
Mas um dia a Verinha pôs fim ao
relacionamento.
Decorridos quatro meses desse brusco
final, eis que ele sentiu saudades. Achou o número do celular dela. Logo ligou
e antes até que ela dissesse ‘alô’, ele, que queria surpreendê-la, já foi
dizendo assim:
--- Verinha... Quero coliiiinhooo...
Sentiu que alguém suspirava do outro
lado. E, para sua surpresa, desligaram imediatamente, sem nada dizer. E aí, a
seguir, quando ele já conferia o número, para ver se ligara mesmo para ela, o
aparelho tocou:
--- Alô!
--- Quem está falando? --- Era uma voz masculina...
--- Aqui é o Bodão.
--- Pois então, seu fdp, você quer
colinho, é? --- já berrou o homem.
--- Como assim? --- o Bodão não
entendia.
--- Ora, seu fdp, você liga no celular
da minha esposa, e diz que quer colinho, e agora finge que não sabe de nada?...
O Bodão estremeceu...
--- Vapo! Eu liguei?!...
--- Sim, ligou nesse celular a pouco,
e ainda disse o nome da minha Verinha, dizendo que queria
colinho... Pois, seu imbecil, eu tenho um colinho pra te dar! Vou te caçar,
fdp! --- Aí o Bodão tentou se sair com essa:
--- Eu liguei sim pra um número agora,
que é da Lurdinha...
--- Lurdinha o cacete. Falou Verinha!
Vou te caçar e te matar, fdp!
E, felizmente, para o Bodão, o sujeito
desligou a seguir.
E então, sentando-se, o Bodão coçou a
cabeça, preocupado. Nem pensara nisso... Mas é que a Verinha voltara com o
marido...
ADhemyr Fortunatto – Escritor – Drt-SP 60.511