Publicado no JR - JORNAL NOTICIAS (www.jornalnoticias.com.br),
na edição de janeiro de 2013
O Dito, que não sou eu, era um cara tão pra baixo, que
de vez em quando, em vez de deitar em cima da cama, ele deitava embaixo.
E o Dito, que não sou eu, mas é um
conhecido meu, e se quiser pode levar que ele é teu.... Ah, o Dito sempre me
faz perder o fio da meada, ou seja, perder o assunto... Onde eu estava
mesmo?...
Bem, o Dito era um cara tão sem
assunto, que não sei o que escrever sobre ele. Ele era tão bobão que, de vez em
quando, olhando-o e ouvindo as besteiras que ele falava, eu ficava pensando em
mim, quando criança, e me perguntando se o meu pai, naquela idade, era tão
bestalhão quanto o Dito.
Olha as coisas que o Dito falava...
Certa vez, passando uma jovem bonita com um cãozinho
mais bonito ainda, e nós numa lanchonete do Bairro São João, aqui em Sertãozinho, eis que ouvimos do Dito a
respeito da moça e do cachorro o seguinte...
I
– Da jovem bonita:
“Uma mulher desta deve ser muito ‘cara’... Isso deve ser daquilo que pede
de um tudo! Prefiro a minha lá em casa, que não pede nada!”...
Obs.: Desde esse dia dei para pensar na mulher do Dito... Ele que provocou!
II
– Do cachorro:
“Todo cachorro, se você arrancar o
couro dele, fica igual a qualquer outro, seja lá de que raça for”.
Obs.: Foi aí que eu pensei sobre o Dito, mas não lhe disse em alta voz: “De você não é preciso arrancar nada. Já é uma besta
completa!”.
Bem, um dia eu conheci a mulher do Dito...
E deu no que deu. (Ele que provocou... (Rsrs...)).
Escritor ADhemyr Fortunatto - Mtb 60.511/SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário