Texto publicado no mês de Agosto de 2012, na Coluna do ADhemyr,
do JR- NOTÍCIAS, de São Paulo-SP. (www.jornalnoticias.com.br).
Hoje
em dia o feio abunda. Abunda de sobeja, de sobra, de superabundante, ou,
trocando em miúdos, --- está cheio de coisas feias por aí, de um mau gosto
medonho.
Pronto! Resumi o que penso, mas nada
concisamente, confesso.
Não; nem tudo está perdido. A beleza
está se perdendo; o romantismo está submergindo; a boa música está
desaparecendo; o magnificente vestuário de outrora está por um fio. Mas,
falando assim, se nem tudo está perdido, o que resta?
Ora, resta a esperança nessa nova
geração, de pequeninos, que ainda poderão nos proporcionar abundância de bom
gosto, quando estivermos todos velhinhos... Aí diremos --- que bom! O mundo já foi bem pior! Ah, cadê minha dentadura, cadê a
minha bengala; ô, esse fraldão é meu!
Também não estou querendo dizer que as
pessoas devam voltar a portar bengalas, nem relógio de corrente, nem Pager. Mas uma coisa garanto --- se o
bom gosto das pessoas tivesse evoluído na proporção da tecnologia, ah, este
tempo seria o mais bonito de todos! Pois, reparem, a cada dia um novo aparelho
com possibilidades fantásticas, e na mesma proporção --- e infelizmente --- uma
nova música feia que dói, uma roupa horrível de doer mais que tropeçar num toco
e arrancar a unha do dedão. Falando
com uma pessoa sobre isso numa rede social, ela me disse:
---Ô, ADhemyr, é que você está com
problema de veia!
Assustei!... De veia presume-se saúde.
Saúde, preocupação...
---Como? O que o meu pensar dos tempos
tem a ver com minha veia?
---Isso é problema de veia! ---
Repetiu. --- De velhice... veieira...
Escritor ADhemyr Fortunatto
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