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05/10/2013

A TÚNICA



         (Publicado na Coluna do ADhemyr, do JR NOTÍCIAS, edição de outubro de 2013)

Hoje eu parei e fiquei pensando que por vezes não olhamos o presente e deixamos de aproveitar os bons momentos... Essa mania que o ser humano tem de achar que dias melhores virão... (Não seriam esses os melhores dias da nossa vida?...). Ah, dias melhores virão... Quem garante...? Quem garante que DIAS PIORES não virão?
O melhor é o agora, porque este momento é palpável; agradável ou não, é isso. Eu não sei se dias piores ou melhores virão... Tudo é névoa, tudo é bruma. Palpável mesmo é a solidão... O amor deveria se impor, ocupar todos os espaços vagos... Mas ele está de olhos vendados... O amor, ei-lo então, --- chorando na solidão, andando sobre pedregulho, vencido pelo orgulho...
Queremos impor a Deus até o momento favorável para sermos felizes... Caminhamos como se fôssemos imortais, exigindo aplausos, mais, mais e mais... Queremos amor, mas fugimos do exercício de amar... Agradecer a Deus...? Nem pensar. E assim caminhamos sem nos darmos conta de que o melhor momento da vida pode ser este, quando esta mensagem é lida...
Ah... Como uma criança, choram em meus braços os sonhos que já não são meus. Tornei-me humilde e chorei diante de Deus. E a ele entreguei aqueles sonhos que eram meus. Nada me pertence... Nem esse abatimento que quase me vence. É tarde.
Alguém, nalgum lugar, de febre arde. Um homem de túnica chega e diante do febril fica de pé. E retira de dentro da túnica um termômetro chamado Fé... A febre cede, o ex-febril tem sede... E procura quem o curou...
Ele esteve com Jesus e ainda não acreditou! ...      E assim NÓS, os humanos, estamos, --- na hora da febre, cremos; passada a febre, DUVIDAMOS...

      Vivemos alimentando monstros que nós mesmos criamos.

          Autor: Escritor ADhemyr Fortunatto


            E-mail: adhemyr_fortunato@yahoo.com.br

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